The Light of Philosophy by Angelina Vidal

It’s dignified to break the inquisition
The arms of vengeance, the rage of depravity.

But the laws of Nature are covered in grief,
But one hears a protest with excited palpitations,
To see, full of affront, a martyr impotent,
Rolling on the ground, stained by the mire!
     Through nations crying out
The humanitarian idea, amenable and just,
A being flung into the stupid campfire!

Although it was a priest, although a Jesuit,
Despite the brother of the cruel race, reprobate,
     My grieving voice
Protests against the death imposed on Malagrida!
     Protest! As long as there is
A lighted heart within the breast of woman,
My cry will run to all the corners of the world,
     And in all the fertile sea!

 

——

É digno de louvor quebrar á inquisição
Os braços da vingança a ira da torpesa.

Mas cobrem-se de lucto as leis da Naturesa,
Mas ouve-se um protesto, a palpitar fremente,
Ao ver, cheio de affronta, um martyr impotente,
Rojado pelo chão, manchado pela lama!
     E pelas nações clama
A Ideia humanitaria, amena, e justiceira,
Vendo arrojar um ente á estupida fogueira!

E embora fosse um padre, embora um jesuita,
Embora fosse irmão da raça atroz, precita,
     A minha voz sentida
Protesta contra a morte imposta a Malagrida!
     Protesto! E emquanto houver
Um coração de luz em peito de mulher,
Meu brado ha de correr nos angulos do mundo,
     E em todo o mar fecundo!

 

——

Angelina Vidal (1847 – 1917) was a Portuguese writer and editor who fought for women’s rights. This poem is an excerpt from O Marquez de Pombal Á Luz da Philosophia.

 

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